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  • Marcos Sarvat

2020 - Ao Ministério da Saúde ou a quem interessar possa:



Caros colegas: seguem aqui duas mensagens com argumentos que talvez lhes sejam úteis e se interessem em divulgar, sobre essa questão tão “simples” de tentar reduzir a contaminação da parcela da população que tem que se manter ativa. Ambas já foram enviadas para bom contato no MS:

Recomendamos que instruam a população à adoção imediata do uso rotineiro de MÁSCARAS CASEIRAS, DE PANO e LUVAS, a partir das seguintes informações, evidências e raciocínio: 1. É comprovada e reconhecida a redução de contaminação entre pessoas pelo uso de máscaras; 2. Tem sido indicado o uso de máscaras (cirúrgicas ou N95) por pacientes infectados, com ou sem sintomas; 3. As equipes de saúde que não tenham contato direto ou próximo com pacientes suspeitos ou infectados devem utilizar máscaras cirúrgicas, gorro e luvas; 4. As equipes de saúde que tenham contato direto ou próximo a pacientes suspeitos ou infectados devem utilizar máscaras N95, gorro, capotes de manga longa, luvas, óculos de proteção ou barreira de acrílico; 5. O fornecimento de máscaras cirúrgicas e N95, assim como de outros EPIs (equipamentos de proteção individual) está restrito, e teme-se seriamente pelo desabastecimento desses itens de segurança para os profissionais de saúde, muitos fortemente expostos na assistência aos infectados; 6. Pede-se, portanto, à população saudável que não adquira nem utilize essas máscaras, cuja produção deve ser destinada somente para instituições hospitalares. Vale lembrar que máscaras de pano não servem para uso profissional, por não fornecerem a proteção necessária no manejo de pacientes infectados; 7. Considerando a facilidade em se contaminar pelo contato com partículas ou gotículas oriundas do nariz ou da boca (espirros, tosse, etc), associada à dificuldade na testagem, todas as pessoas, com ou sem sintomas, até prova em contrário, são consideradas suspeitas de estarem infectadas, embora numa fase pré-sintomática ou de manifestação leve. 8. Esta constatação é a principal razão para que todos mantenham afastamento de pelo menos 1 a 2 metros de pessoas que não residam na mesma casa, cumpram o isolamento social e evitem aglomerações; 9. Há que se considerar que se todos são potencialmente suspeitos, os que são obrigados a se locomover, tais como funcionários de condomínios, farmácias, mercados, funcionários públicos e privados essenciais (saúde, segurança e limpeza), transportadores, entregadores, etc., e clientes dessas várias atividades, estão todos sendo expostos a um risco significativo, sem proteção alguma, o que, de certa forma “fura” ou “vaza” a tentativa de impedir a propagação do vírus; 10. Por este motivo não se consegue implantar de modo absoluto o lógico e seguro “isolamento horizontal”, pois não há como blindar totalmente os núcleos familiares, que são atingidos por tal circulação externa, mínima que seja, de pessoas. Assim, o máximo que se consegue na prática é um controle misto, um “isolamento vertical mínimo”, no qual máscaras e luvas ajudam a restringir a contaminação entre as pessoas que necessariamente devem prosseguir em suas atividades externas; 11. Visamos obter um aperfeiçoamento, jamais ideal ou perfeito, o maior possível, desse bloqueio da transmissão, empregando todas as armas a nosso alcance para reduzir a contaminação e retardar a velocidade de crescimento da ocorrência dos casos graves – fato que pode inviabilizar o Sistema de Saúde do país, tanto o público quanto o privado, o que condenaria muitos à morte desassistida e o país ao caos social e econômico; 11. Recomenda-se, portanto, como prática potencialmente eficaz (e nunca maléfica) que pode contribuir para a redução de contaminação, a feitura e adoção rotineira pela população de máscaras com duas camadas de pano, com medida de cerca de 20 x 18 cm, franzida, com tiras para fixação na cabeça, acima e abaixo das orelhas. 12. Esta prática já foi adotada por países como Japão, China, Áustria e República Tcheca; 13. Entretanto, considerando que a eficácia das máscaras caseiras seja menor do que a das máscaras profissionais, há que se ter em mente que: a) Se todos as usarem, todos teremos duas barreiras entre nossos narizes e bocas; b) Agregar o uso de luvas pode ajudar, pois lembra a pessoa de não tocar em seu rosto; c) A colocação e fixação, impedindo aberturas laterais, e a técnica de retirada de máscaras e luvas, sem provocar contaminação, deve ser amplamente divulgada; d) Cada cidadão deve ter consigo ao menos 2 ou 3 máscaras para trocar e lavar ao longo do dia, e sempre que estiver úmida. Lavar e secar ao sol ou sob calor; e) Manter os cuidados indicados de higiene das mãos e das luvas (água e sabão e álcool) e nunca tocar no rosto; f) Seguir medidas de restrição de contato e circulação, em especial as pessoas de grupos de risco.


Claro que podem ocorrer erros nesse afã de colaborar, mas jamais por omissão, certo? Destaco a frase: “Atualmente quem não tem muitas dúvidas, está muito mal informado”. É por aí, em quase tudo, se prestarmos atenção... Se as pessoas usarem errado máscaras ou luvas, isso deixa de ser uma barreira e passa a ser um facilitador de contaminação. Educação, treinamento e conscientização é tudo. E pensemos: o que mais motiva uma pessoa a mudar de atitude? Qual a maior força geradora de novos hábitos? Ordem? Punição? Pagamento? Prestígio? Respeito? Nada disso! É o medo! E dentre os medos, o principal é o de sofrer muito e morrer. Anotemos isso nesse momento de pré-pânico. Se a máscara caseira ou outra ficar molhada, tem que ser trocada. Assim como os óculos, é difícil bloquear o hábito de ajeitar, coçar e secar o suor. Os cirurgiões sabem do que estou falando. Mas o que fizemos: desde o primeiro dia, por medo de contaminar a cirurgia e levar bronca da equipe toda, e ter que trocar toda a roupa, nunca cometemos esse erro básico, certo? Portanto, Regra n. 1: fabricar direito, como recomendado; Regra n. 2: nunca tocar na máscara; Regra n. 3: lacrar lateralmente para não deixar de filtrar o ar que sai e entra; Regra n. 4: trocar sempre que úmida e ficar no máximo 4 h, dependendo de quanto fale, sue, tussa ou espirre; Regra n. 5: saber retirar por trás, sem tocar na máscara e descartar em local apropriado; Regra n. 6: a seguir, lavar as mãos, sempre! Imaginem um vídeo mostrando todo esse processo, o certo e o errado, com aqueles filminhos de animação dos germes sendo contidos ou espalhadas por todo canto. Creio que tão motivada pelo medo e sob orientação, nessa hora de pandemia, a população irá assimilar tudo isso. Entendo que o uso de luvas exige os mesmos cuidados, com um fator complicador prévio a saber: temos capacidade industrial para atingir tantos cidadãos? São muitas pessoas que não podem parar de circular (e que estão correndo mais riscos, portanto) por estarem em funções vitais como supermercados, farmácias, entregas, transportes, oficinas, segurança e os funcionários da saúde, em seu ir e vir de casa ao trabalho. Salvando-nos do caos, reconheçamos! Oferecer-lhes máxima proteção se mostra necessário, e mais, imprescindível. Se os que estão confinados estão com medo, imaginem esse grupo como se sente andando por aí, e como se preocupam consigo e serem foco para suas famílias. E pior, em breve, com o aumento esperado de casos, como cuidaremos de sua segurança? Resposta: com tudo que pudermos! Portanto, Regra n. 1: usar luvas mantendo os mesmos cuidados como se não as estivesse usando; Regra n. 2: nunca tocar o rosto; Regra n. 3: trocar ou lavar as luvas como lava as mãos, várias vezes ao dia; Regra n. 4: saber retirar por dentro, sem tocar na parte externa e descartar em local apropriado; Regra n. 5: a seguir, lavar as mãos, sempre! E novamente o filminho mostrando todo esse processo, com germes animados. Ficam as sugestões


Concordo inteiramente com o uso de máscaras caseiras, pela população (não pelos profissionais da saúde), desde que sigam: Regra n. 1: fabricar direito, como recomendado; Regra n. 2: nunca tocar na máscara; Regra n. 3: lacrar lateralmente para não deixar de filtrar o ar que sai e entra; Regra n. 4: trocar sempre que úmida e ficar no máximo 4 h, dependendo de quanto fale, sue, tussa ou espirre; Regra n. 5: saber retirar por trás, sem tocar na máscara e descartar em local apropriado. Regra n. 6: lavar as mãos a seguir, sempre!



Marcos Sarvat, 01/4/20 CRM-RJ 52.37602-2 +5521999712454 sarvat@centroin.com.br

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